Comprar casa é um processo desafiante e desde o início marcado pelo desejo de encontrar a casa certa e de escolher o melhor crédito habitação.
Depois de simular o seu caso num Simulador de Crédito Habitação e de escolher a instituiçao de crédito inicia-se o processo de aprovação do crédito habitação, que os clientes não podem controlar, mas que convém conhecer para tomar as melhores decisões.
Por isso, antes de decidir por uma casa saiba que há 5 condições essenciais que as entidades financeiras têm em conta ao avaliar o pedido de crédito habitação.
1. A idade
A idade é um fator central quando a entidade financeira for avaliar o perfil de risco. Se for ainda muito jovem, a probabilidade de mudar de emprego algumas vezes é bastante grande e esse fator de instabilidade não será benéfico. Por outro lado, a partir de certa idade só poderá ter acesso a prazos de financiamento mais curtos, porque existe uma idade máxima a ter em conta no final do empréstimo (75 anos no caso da UCI) e que tem de ser conjugada com o prazo máximo de financiamento possivel.
Mas este não é um fator incontornável por si só. Pode não ter a idade certa, mas se cumprir os outros pontos desta lista, não deverá ter com que se preocupar.
2. Uma boa situação profissional
Este é o elemento central em qualquer análise de risco de um pedido de crédito habitação. A fonte de rendimentos será o que fornece a garantia de que poderá pagar a prestação mensal, portanto, este é um dos melhores indicadores para avaliar a probabilidade dos clientes cumprirem com as obrigações que um crédito habitação implica.
Portanto, se está há vários anos a trabalhar numa empresa sólida, com uma boa situação financeira e reputacional e os rendimentos são coerentes com o imóvel que pretende adquirir, estes serão argumentos importantes para o pedido ser aprovado.
3. Uma taxa de esforço baixa
Avaliar a solvabilidade é fundamental para decidir se o pedido de crédito habitação deve ser aprovado ou não, e para isso é importante perceber que percentagem dos rendimentos é usada mensalmente para pagar empréstimos e despesas fixas. Juntando o valor da prestação a pagar mensalmente aos outros encargos com créditos, esse valor não pode representar mais de 50% dos rendimentos mensais e idealmente deverá situar-se abaixo dos 40%.
4. O envolvimento na operação
Que poupanças vai investir na compra da casa? É bom recordar que, segundo as recomendações do Banco de Portugal, o valor de empréstimo só deverá cobrir até 90% do valor da casa a adquirir, pelo que será necessária uma entrada de pelo menos 10%. E porque é que isso é importante para uma instituição financeira? Bom, porque quanto maior for o valor com que o cliente entra na compra da casa, menor é o risco. Por um lado, o valor do empréstimo é menor face ao valor do imóvel, por outro lado, tendo o cliente investido o seu capital na compra, a probabilidade de entrar em incumprimento é menor.
5. Um histórico de respeito dos compromissos bancários
A melhor previsão de comportamento é o historial. Se no passado um determinado cliente já teve problemas em pagar créditos, o que garante à entidade financeira que o mesmo não vai voltar a acontecer? E nem vale a pena tentar esconder a situação, porque qualquer entidade irá verificar o histórico das responsabilidades no Banco de Portugal. A transparência é a melhor política e se há algum incidente o melhor é dar conhecimento dele desde o início.
Conclusão:
Bons conselhos a seguir: transparência, envolvimento na operação, disponibilização de toda a informação necessária e escolher um imóvel adequado aos rendimentos e capacidade financeira do agregado familiar. Tudo isto jogará a seu favor na altura de aprovar o empréstimo e dar o próxmo passo depois de simular o crédito habitação.