A questão não é assim tão simples e exige alguma ponderação.
Vamos ao 1º facto: o pinheiro artificial pode ser reutilizado e o pinheiro natural não. O que pode levar a crer que ter um pinheiro artificial pode ser mais ecológico, mas a verdade é que, mesmo considerando a reutilização, o pinheiro natural tem uma pegada ecológica menor do que o pinheiro artificial. A menos que o plano seja utilizar o pinheiro artificial durante muitos anos, e quando dizemos muitos tem de ser entre 7 a 20 anos, segundo a Carbon We Trust.
2º facto: nem todos os pinheiros naturais são iguais. Os pinheiros criados em massa para serem abatidos no Natal usam mais fertilizante para crescerem rapidamente, logo a sua pegada carbónica é maior. Ao escolher o pinheiro natural é, portanto, fundamental ter em conta a proveniência, preferindo pinheiros de florestas certificadas, em que o recurso a fertilizantes seja mínimo, ou pinheiros que sejam colhidos nas atividades de limpeza das florestas.
3º facto: um pinheiro em vaso é melhor do que um cortado. Porque dessa forma é ultrapassada a principal limitação dos pinheiros naturais, podendo ser reutilizados.
4º facto: a forma como se desfaz do pinheiro natural é fundamental. Sabia que é preferível queimar um pinheiro que já não vai usar do que deitá-lo para o lixo? Isto porque, segundo a Carbon We Trust, ao queimar o pinheiro ele libertará o carbono que armazenou durante o crescimento, portanto há uma compensação, enquanto se o pinheiro for para um aterro vai produzir gás metano ao decompor-se, cujos efeitos são muito mais adversos do que os do dióxido de carbono.
Portanto, a resposta não é assim tão linear. Pondere todos os fatores e veja o que funciona mais para si: se optar um pinheiro artificial durante pelo menos 7 anos; se optar por um pinheiro natural analisando bem a origem; se optar por um pinheiro em vaso que vai ter de conservar durante todo o ano, mas que poderá reutilizar algumas vezes.
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