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    Subscrever produtos para baixar o spread é um bom negócio?

    18 nov 2019
    Tempo de leitura: 4 Minutos
    Subscrever produtos para baixar o spread é um bom negócio?

    A subscrição de produtos financeiros pode ajudar a baixar o ‘spread’ no Crédito Habitação, mas é um bom negócio? Saiba mais neste artigo!

    Se está a pensar comprar casa com recurso a financiamento, há alguns aspetos que deve ter em conta para garantir as melhores condições do seu empréstimo. Um desses aspetos tem a ver com a contratação de produtos financeiros para baixar o spread do Crédito Habitação. Mas há mais!

    Quanto vai pedir?

    O montante de financiamento é um dos aspetos que mais vai influenciar a negociação das condições financeiras do empréstimo. Antes de pedir o empréstimo é importante ponderar bem o montante de financiamento a solicitar.

    Se há possibilidade de aplicar as poupanças, pode ser algo a considerar porque quanto menor for a relação entre o montante de empréstimo e o valor do imóvel, melhores serão as condições financeiras a aplicar.

    Escolher bem!

    Escolher a taxa de juro do empréstimo é um passo crucial, sobretudo porque estamos a falar de um contrato a longo prazo, que poderá durar 20, 30 ou 40 anos.

    No Crédito Habitação, ao valor do spread é necessário somar o indexante, o mais comum em Portugal é a Euribor. Em alternativa existe também a possibilidade de taxas mistas ou fixas, cenários que não devem ser colocados de lado logo à partida.

    Saber para onde olhar

    É um facto que os spreads têm um importante impacto no custo do empréstimo, mas para avaliar o custo total do Crédito Habitação não basta olhar para este indicador e para a prestação. É igualmente importante avaliar os custos com a contratação do empréstimo – durante a fase de contratação e durante a vida do empréstimo.

    No Crédito Habitação existem custos com comissões bancárias que é preciso ter em conta, como:

    • Custos como o estudo do processo;
    • Comissão de avaliação;
    • Formalização;
    • Processamento mensal de prestação;
    • Os seguros contratados;
    • E os produtos financeiros não obrigatórios.

    Estes custos têm impacto no custo do empréstimo e são uma importante parcela dos encargos globais com o Crédito Habitação.

    Assim, é fundamental saber para onde deve olhar: a TAE (Taxa Anual Efetiva) e a TAEG (Taxa Anual de Encargos Efetiva Global) são importantes indicadores a analisar.

    Indicadores como a TAE, a TAEG, o Spread base ou o Spread contratado (este último reflete a redução obtida com bonificações) podem ser consultados na FINE - Ficha de Informação Normalizada Europeia – que é entregue com a Simulação de Crédito Habitação.

    Este é um documento muito importante e onde se apresentam todas as condições da proposta do Crédito Habitação.

    A subscrição de produtos financeiros é um bom negócio?

    Se a proposta incluir a redução do spread mediante a contratação de produtos financeiros, é necessário analisar o impacto que essa opção tem nos custos totais do Crédito Habitação.

    É que por vezes, os custos associados à contratação desses produtos anulam as reduções obtidas no spread.

    Para isso, é necessário comparar os dois cenários: com subscrição e sem subscrição de produtos financeiros.

    A forma de comparar é precisamente através da TAE e da TAEG, uma vez que estes indicadores deverão inclui todos os custos do Crédito Habitação, assim como o impacto de produtos financeiros não obrigatórios.

    Para que a comparação seja possível é necessário que as propostas tenham todas as mesmas características, nomeadamente:

    • Montante de empréstimo;
    • Tipo de taxa de juro contratada (variável ou fixa);
    • E os capitais assegurados nos seguros de vida habitação e multirriscos imóvel.

    Quanto mais baixa for a TAEG, mais atrativas e vantajosas serão as condições do Crédito Habitação.

    Se a adesão a produtos financeiros propostos resultar numa redução de spread, mas na prática a TAEG for mais elevada que o mesmo cenário sem a adesão das bonificações, então a contratação de produtos financeiros não compensa.

    Se a TAEG é mais elevada, isso significa que o consumidor fica com um conjunto de custos associados ao Crédito Habitação mais altos do que aqueles que teria se não tivesse contratado esses produtos. Em conclusão, o Crédito Habitação sairá mais caro na sua totalidade.

    Por fim, convém também não esquecer que na contratação de produtos financeiros adicionais, além de poderem ser contratados produtos de que não se necessita, a subscrição destes produtos associada ao Crédito Habitação implica que se mantenham durante toda a vigência do empréstimo. Caso se pretenda desistir desses produtos, as condições do crédito podem ser revistas e será aplicado o spread base.

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