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Acabar com o desperdício alimentar e poupar energia em casa

17 de agosto de 2021
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Acabar com o desperdício alimentar e poupar energia em casa

Convidámos a Catarina Barreiros, autora do projeto "Do Zero" para falar sobre como ser mais sustentável em casa. Saiba mais neste artigo.

Acredito que uma vida mais sustentável começa em casa. Porque é o local onde (especialmente hoje em dia) passamos mais tempo, porque é onde tomamos a maioria das nossas decisões e porque, efetivamente, é o sítio onde geramos mais impacto carbónico.

Segundo um estudo acerca do Impacto Ambiental do Consumo Doméstico (Ivanova et al, 2015), os consumidores domésticos (ou seja, as famílias) são responsáveis por mais de 60% das emissões dos gases de efeito de estufa do planeta e por 50%-80% do uso global de terra, materiais e água.

Assim, se quisermos levar uma vida mais sustentável, é inevitável começar este caminho pelo que fazemos em casa. E, se há inúmeras coisas que podemos fazer em casa para combater o desperdício, a verdade é que o maior peso da nossa vida cai sobretudo sobre a nossa alimentação e o consumo de energia.

Com efeito, metade do mundo consome mais alimentos do que aquilo de que necessita. Outra metade passa fome. Neste momento, temos capacidade para alimentar toda a gente do globo, mas os alimentos encontram-se mal distribuídos. Não sou eu que o digo, mas sim a FAO, que explica que estamos a deitar comida “fora” a um ritmo alarmante. A UN reporta ainda que um terço da comida global é, neste momento, desperdiçada. De facto, temos capacidade para alimentar 1,5x mais do que a população mundial (Holt-Giménez et al, 2012), mas não iremos alimentar todos se continuarmos a comprar e/ou consumir a mais do que aquilo de que necessitamos, que é o que se está a passar.

Combater o desperdício alimentar, segundo o projeto Drawdown, poderia evitar cerca de 90 Gigatoneladas de CO2 na atmosfera, até 2050. É de longe o gesto com maior impacto ambiental.

E o que podemos fazer para combater o desperdício alimentar nas nossas casas?

Podemos começar por organizar a casa de modo a que a despensa fique num local seco, escuro, arejado e com temperaturas amenas. Depois, devemos planear cuidadosamente as nossas compras, tendo em conta o que ainda existe em casa e com as refeições que queremos fazer ao longo da semana. Para muitas pessoas, planear as refeições ajuda muito a gerir estas compras. Quando as ditas compras chegam, o ideal será arrumar “atrás” tudo o que seja mais recente e que, como tal, tenha um prazo de validade mais antigo.

No frigorífico, a regra é a mesma, com atenção para colocar frutas e legumes nas respetivas gavetas de humidade, para que durem mais tempo.

Na altura de cozinhar, é também importante não desperdiçar nenhuma das partes dos alimentos. Cascas de legumes dão chips no forno, caules de bróculos podem ir para sopas, cascas de cebola servem para fazer chá... E se, depois das refeições, tiver sobrado comida, nada como reinventar as sobras para fazer novas refeições ou congelar para comer mais tarde.

No que diz respeito ao consumo de energia, segundo dados do  Report Anual da BP, que inclui todos os combustíveis comerciais e fontes renováveis, em 2016, foram necessários 18 triliões de Watts para manter “o mundo” a funcionar. Em 2018, atingimos recordes históricos em consumos energéticos, com um crescimento na procura de 2.9% face a 2017,

De facto, as emissões de carbono cresceram ao ritmo mais elevado dos últimos sete anos. Isto significa que nos estamos a afastar da transição pedida (e assinada) nos objetivos do Acordo de Paris.

E nas nossas casas? O que podemos fazer para reduzir o nosso impacto energético doméstico? Simples: trocar as lâmpadas de casa por LEDs, energeticamente mais eficientes, instalar painéis solares e/ou termovoltaicos, subscrever um serviço de rede energética que utilize energias renováveis (praticamente todos os serviços de energia do mercado têm esta opção hoje em dia) e, claro optar por construção e janelas com bom isoladamento, preferir divisões com portas ao invés de optar por open-space, para optimizar a manutenção da temperatura nas divisões, ou investir em cortinas e tapetes para climatizar a casa.

Para além destas preocupações, devemos ainda esforçar-nos, claro, por poupar água, instalando sistemas de recolha de águas pluviais, ou guardando a água do aquecimento do banho para utilizar na confeção de alimentos, limpezas e descargas de autoclismo.

Independentemente da quantidade de dicas que possamos colocar em prática nas nossas casas, a regra é “não desistir”. Todos temos algo a fazer pela sustentabilidade. Como diz Anne-Marie Bonneau, “não precisamos de uma mão cheia de pessoas a fazerem tudo de modo perfeito, mas sim de milhões a fazerem-no de forma imperfeita”.

Catarina Barreiros

Catarina Barreiros

Autora do Projeto “Do Zero”

Site: https://do-zero.pt/

Podcast: https://spoti.fi/3snysHP

Instagram: https://www.instagram.com/catarinafpb/

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